Volkswagen Kombi segue ativa após 75 anos de lançamento; conheça a história
A Volkswagen comemora neste mês os 75 anos da Kombi, um dos carros mais emblemáticos da história automotiva. Conhecida na Alemanha como Transporter T1 e nos Estados Unidos como VW Bus, o modelo é o mais bem-sucedido veículo comercial da Europa, atravessando gerações. O modelo segue sendo produzido, atualmente na sétima geração, e ainda possui uma sucessora elétrica, a ID.Buzz.
A história começou com o primeiro Transporter, o T1, lançado em 8 de março de 1950, derivado do Volkswagen Fusca. Desde então, mais de 12,5 milhões de unidades foram produzidas. A trajetória da Kombi reflete mudanças no setor automotivo e na sociedade, evoluindo de um simples furgão, ícone da cultura hippie, para uma linha diversificada que inclui vans para passageiros, versões elétricas e motorhomes.
Para celebrar o aniversário mundial da Kombi, a Volkswagen planeja fazer uma campanha global, com eventos, conteúdos digitais e edições especiais.
Um grande evento acontecerá em maio na histórica fábrica de Wolfsburg, na Alemanha, celebrando os 75 do modelo. Ainda não há outras informações sobre programação no Brasil. Por aqui, a Kombi foi fabricada entre 1957 e 2013.
O início com o T1: 1950 a 1967
O veículo surgiu no contexto do pós-guerra para atender às crescentes demandas por transporte de cargas e passageiros. Baseado na mecânica do Fusca, o T1 possuía um motor traseiro de 25 cv e atingia até 80 km/h. Seu design característico, com para-brisa dividido em duas partes, tornou-se um ícone. O modelo logo ganhou diferentes versões, incluindo picape, seis portas e o Samba Bus, este último um veículo com 23 janelas e teto solar panorâmico. A Kombi chegou ao Brasil importada a partir de 1953 e passou a ser fabricada em 1957.

T2: cultura jovem e da expansão global (1967-1979)
A segunda geração da Kombi, conhecida como T2, trouxe mudanças significativas no design e na mecânica. A frente ganhou um para-brisa inteiriço, as janelas laterais foram ampliadas e a tradicional porta dupla lateral foi substituída por uma porta deslizante.
Além de melhorias na suspensão e nos freios, o modelo conquistou uma legião de admiradores ao ser associado ao movimento hippie e à cultura de viagens sobre rodas. A segunda geração começou a ser produzida a partir de 1975, sem a porta lateral deslizante. Somente em 1996 que o veículo ganhou o equipamento. A produção da T2 se estendeu até 2013, marcando uma das histórias mais longas de um veículo no país.

T3: mais tecnologia e versatilidade (1979-1992)
A terceira geração da Kombi (T3) manteve o conceito de motor traseiro, mas trouxe um design mais retilíneo e interior espaçoso. Foi nessa época que surgiram versões como a Multivan e a California, pensadas para viagens e lazer. O T3 também marcou a introdução da tração 4×4, chamada de Syncro, ampliando sua capacidade de rodagem em terrenos variados. A produção continuou na África do Sul até 2002. Essa geração não veio para o Brasil.

T4: motor dianteiro (1990-2003)
Com a chegada dos anos 1990, a Volkswagen reformulou completamente o VW Bus, movendo o motor para frente e adotando tração dianteira. Isso permitiu um melhor aproveitamento do espaço interno e um comportamento dinâmico mais próximo ao de um automóvel de passeio. O T4 foi oferecido em versões comerciais e de passageiros, além de receber motores mais potentes, incluindo os primeiros TDI (turbodiesel de injeção direta) no Transporter.

T5 (2003-2015)
A quinta geração da Transporter trouxe um design mais moderno e funcional, mais próximo das vans. O T5 inovou no interior com um câmbio joystick no console central. A gama de motores incluía opções a diesel TDI, variando de 86 a 174 cv, e versões a gasolina, que iam de 115 cv até um V6 de 235 cv.

T6 e T6.1: mais conectividade (2015-2024):
A sexta geração trouxe mais segurança e tecnologia. Além do design atualizado, o T6 introduziu assistentes de condução avançados e novas opções de motores. A gama de propulsores manteve os TDI e TSI de dois litros, variando de 84 a 204 cv. Todas as versões ganharam sistema Start/Stop, reduzindo o consumo. O T6.1, lançado em 2019, modernizou ainda mais a linha, trazendo um painel digital redesenhado e sistemas de conectividade baseados em e-SIM. A direção eletromecânica aprimorada melhorou a dirigibilidade, e os sistemas de segurança passaram a incluir alerta de saída de faixa e frenagem automática de emergência.

T7: era da eletrificação (2024-presente)
A nova geração do T7 Transporter e T7 Multivan, agora sob a plataforma MQB, marca a transição para a eletrificação. As versões atuais incluem opções a diesel, híbridas plug-in e elétricas. O Transporter T7 continua atendendo ao mercado comercial, com versões furgão, chassi-cabine e Kombi.
Já o Caravelle segue voltado ao transporte de passageiros, oferecendo variantes desde táxis de oito ou nove lugares até luxuosos shuttles VIP. A Volkswagen aposta que essa nova geração manterá o legado da Kombi como um veículo multifuncional e icônico para o futuro.

Kombi elétrica: ID. Buzz (2022 – presente)
Além da “família T”, a Volkswagen possui outro produzo herdeiro da clássica Kombi: a ID. Buzz, também conhecida como Kombi elétrica. Lançada na Europa em 2022, tem design inspirado no T1 e possui versões para passageiros e carga com motor elétrico traseiro de 286 cv. O produto tem ainda a versão esportiva ID. Buzz GTX, com 340 cv e tração integral. No Brasil, a ID.Buzz é oferecida apenas por assinatura.
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