Traficante do PCC é morto pela PM durante suposta gravação de clipe em SP
Um traficante de 48 anos foi morto em confronto com a Polícia Militar durante uma suposta gravação de clipe em uma chácara em Indaiatuba, no interior de São Paulo. O caso ocorreu na última segunda-feira (17).
Segundo o delegado Danilo Amancio Leme, o criminoso era integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Além da morte de Mauro Alves De Menezes, vulgo “Carcaça”, outras oito pessoas, de 21 a 56 anos, foram presas por integrar organização criminosa. Carcaça é apontado como um dos principais traficantes da região de Indaiatuba.
Segundo o registro da ocorrência, policiais militares foram acionados para uma ocorrência em uma chácara na Estrada Municipal Grama Videira sob a denúncia de que havia comércio de drogas e disparos de arma de fogo no local.
Ao chegarem lá, os agentes encontraram dois homens armados, que tentaram fugir. Um deles correu para os fundos da chácara e o outro foi avistado no banheiro. Durante a abordagem, Mauro atirou contra um dos policiais, que reagiu e o atingiu com dois disparos. O suspeito morreu no local.
Ainda na operação, foram apreendidos carros de luxo, armas, valores em moeda nacional e estrangeira, além de maconha.
Suposta gravação de clipe
Em depoimento à polícia, o filho de Mauro alegou que é dono de uma produtora de música e que foi convidado pelo pai para participar de uma gravação de clipe de um MC. No local, encontrou as garotas de programa contratadas, além do pai e de amigos. Além disso, o jovem nega que o pai estava armado.
Após minutos da sua chegada, o filho de Mauro contou que a polícia entrou no local atirando e ordenando que todos se deitassem. Cerca de meia hora depois, ele ouviu o som de uma ambulância e perguntou aos policiais onde estava o pai dele. Os agentes responderam que Mauro estava bem.
Ele disse que na festa havia drogas, como maconha e lança perfume. Quando perguntado sobre o envolvimento do pai com o tráfico de drogas, disse que no passado Mauro já foi preso, mas que agora havia recomeçado a vida e era empresário.
Algumas das sete garotadas de programa contratadas relataram que receberam cerca de R$ 500 para ficar por cinco horas na chácara.
O delegado responsável pelo caso disse que a alegação de que um clipe era gravado se deu por conta de que as mulheres dos presos estavam presentes na delegacia na hora do depoimento. Para ele, essa foi uma forma deles justificarem a presença das garotas de programa.
“Na verdade, eles alugaram a chácara para fazer farra. Eles alegaram que era gravação de clipe, mas não tinha nada de música, caixa de som ou algo do tipo. O que tinha lá era muita bebida e droga. As próprias garotas disseram que foram contratadas para fazer programa”. finalizou o delegado.
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