O mundo não comporta mais guerras, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta terça-feira (18) que o mundo não comporta mais guerras e espera que Israel pare de atacar os palestinos e que Rússia e Ucrânia entrem em paz.
“Depois do discurso do [vice-presidente Geraldo] Alckmin, espero que o cara que comanda o exército de Israel tenha ouvido a palavra dele para parar de atacar os palestinos, e espero que o Putin e o Zelensky tenham ouvido para poder entrar em paz. O mundo não comporta mais guerras”, declarou o presidente em evento em Sorocaba (SP).
Lula discursou logo depois do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que encerrou sua fala citando a encíclica Populorum Progressio do papa Paulo 6º, texto que fala sobre cooperação entre os povos.
“O papa Paulo 6º, na encíclica Populorum Progressio, dizia que o desenvolvimento é o novo nome da paz, porque é a paz verdadeira, onde as pessoas têm emprego, têm salário, têm vida digna, podem criar a sua família. Parabéns presidente Lula, presidente da paz e do desenvolvimento”, afirmou Alckmin.
A declaração do petista acontece no mesmo dia em que Israel realizou ataques aéreos em Gaza, interrompendo o cessar-fogo do território, que estava vigente desde janeiro.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu usar “força militar crescente” contra o Hamas.
Os bombardeios atingiram vários locais da região e pelo menos 404 pessoas foram mortas e mais de 440 ficaram feridas, conforme o Ministério da Saúde palestino em Gaza.
Governo brasileiro “deplora” ataques
O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta terça-feira, comunicou que o governo brasileiro “deplora” os novos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, “os quais provocaram a morte de centenas de palestinos, incluindo grande número de crianças, em flagrante violação do Direito Internacional Humanitário”.
De acordo com o comunicado, o Itamaraty pede que Israel suspenda as restrições à entrada de ajuda humanitária a Gaza e restabeleça o fornecimento de eletricidade no território.
A pasta também incentiva que o cessar-fogo entre Israel e Hamas seja cumprido e que as negociações para o fim das hostilidades, para a retirada das forças israelenses de Gaza e para a libertação de todos os reféns sejam retomadas com urgência.
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