Homem é preso após manter esposa em cárcere privado por 8 anos no Paraná 

Uma mulher, que não teve a identidade revelada, foi resgatada por agentes da Polícia Militar após ser mantida em cárcere privado pelo próprio marido por cerca de 8 anos em Itaperuçu (PR), na região metropolitana de Curitiba. De acordo com a Polícia Militar, o autor do crime era acobertado por familiares.

Conforme apurado pela CNN, a vítima foi resgatada na tarde da última sexta-feira (14) após uma denúncia enviada por ela à Casa da Mulher Brasileira por meio de um e-mail.

A casa onde a vítima era mantida em cárcere privado fica localizada em uma área rural de difícil acesso. Além de sofrer violência psicológica e física, a mulher era impedida pelo marido de usar o celular sem autorização e era vigiada por câmeras de monitoramento.

Anteriormente, a vítima entregou um bilhete em um posto de gasolina pedindo por ajuda. Em um primeiro momento, a mulher negou os fatos. Os policiais, então, pediram para que ela escrevesse em um papel, com o intuito de verificar se havia similaridade com a letra da mensagem entregue dias antes no posto. A semelhança entre as duas caligrafias foi notada pela corporação.

Em sequência, a vítima foi questionada pelos agentes se possuía celular. A mulher respondeu que usava o aparelho do marido e que também tinha um outro telefone na residência que ela relatou ser usado por seu filho. Porém, o aparelho não tinha lista de contatos, WhatsApp e chip.

Posteriormente, os policiais perguntaram qual era o e-mail que constava no celular. Neste momento, a corporação constatou que se tratava do mesmo endereço que enviou o pedido de ajuda para a Casa da Mulher Brasileira.

Após ser perguntada sobre quem teria acesso àquele aparelho, a vítima começou a chorar e relatou que havia, de fato, feito a denúncia, mas que estava com medo de confirmar a informação. Ela disse também que sofria inúmeras agressões, tendo sido amarrada e asfixiada e que não podia contatar familiares.

O criminoso foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Rio Branco do Sul. De acordo com a corporação, a mulher receberá suporte e proteção para garantir sua segurança e integridade.

*Sob supervisão 

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