Gleisi sobre Haddad: posso ter críticas, mas estou do seu lado e do governo
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que entrou para o governo “para somar” e que, as “críticas”, ou “posições divergentes” de alguns integrantes do governo federal, fazem parte do processo democrático.
Ela falava sobre a relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem se reuniu na semana passada.
“Essa semana eu estive com o ministro Haddad. Desde a minha posse eu disse que queria muito conversar com ele porque eu entrei para o governo para somar. Eu posso ter minhas críticas, minhas posições divergentes. Eu acho que isso é normal no processo democrático e até nesse processo que a gente tem de formação de governo”, disse em entrevista ao programa “PodK Liberados”, exibido pela Rede TV! no domingo (16).
Gleisi e Haddad já discordaram mais de uma vez a respeito dos rumos do Partido dos Trabalhadores (PT) e também da estratégia por trás do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com uma apuração da CNN, os dois passaram a protagonizar, nos últimos anos, especulações sobre quem sucederá Lula.
O encontro da semana passada, sinaliza, no entanto, que até agora, pretendem seguir uma atuação conjunta.
Nesse sentido, a nova ministra diz estar ao lado do representante da Fazenda e também do governo federal.
“Eu vim ajudar e disse isso no discurso [de posse] e fui lá na Fazenda conversar com ele. Eu falei: ministro, quais são os projetos que a economia tem no Congresso Nacional? Como que a gente pode te ajudar a articular e facilitar isso? Então conte comigo. Ele já me passou os projetos, foi uma conversa boa, eu vou estar ao lado”, continuou.
Ela também criticou a pressão do mercado sobre as decisões econômicas, defendendo que a administração federal é “responsável”.
“Não é certo o mercado ficar cobrando que corte os pulsos, como é que você vai deixar de fazer as coisas? Então o governo do presidente Lula é muito responsável”, completou.
Ao final do programa, participando do quadro: “defina em uma palavra”, a ministra classificou Fernando Haddad como “inteligentíssimo”.
Dentre as pautas principais para a ala econômica do governo, a ministra destacou, na semana passada após a conversa, o avanço de projetos como o da limitação dos supersalários do funcionalismo público e do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
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