Famílias palestinas fogem em Gaza após novos ataques de Israel
Palestinos carregavam seus pertences nas ruas de Beit Lahiya após fugirem de Beit Hanoun, em Gaza, nesta terça-feira (18), após uma série de ataques aéreos de Israel em vários locais e ordens de retirada que encerraram semanas de relativa calma após as negociações para garantir um cessar-fogo permanente terem sido paralisadas.
Um vídeo obtido pela Reuters mostra pessoas se movendo a pé, carros, caminhões e carroças puxadas por animais.
Os ataques atingiram casas e acampamentos de tendas do norte ao sul da Faixa de Gaza, e tanques israelenses bombardearam do outro lado da linha de fronteira, disseram testemunhas.
Israel e o grupo militante palestino Hamas acusaram um ao outro de violar a trégua, estabelecida em janeiro e que ofereceu um descanso da guerra para os 2 milhões de habitantes de Gaza, onde a maioria dos prédios foi reduzida a escombros.
O Hamas, que ainda mantém 59 dos cerca de 250 reféns que Israel diz que o grupo capturou em seu ataque de 7 de outubro de 2023, acusou Israel de comprometer os esforços dos mediadores para negociar um acordo permanente para encerrar os combates, mas o grupo não fez nenhuma ameaça de retaliação.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou ataques porque o Hamas rejeitou propostas para garantir uma extensão do cessar-fogo durante as negociações vacilantes.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que mais de 400 pessoas foram mortas nos ataques desta terça – um dos dias mais mortais desde o início da guerra.
Grande parte de Gaza agora está em ruínas após a guerra, que eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando homens armados liderados pelo Hamas atacaram Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas, de acordo com contagens israelenses.
A campanha israelense em Gaza matou mais de 49 mil pessoas, de acordo com autoridades de saúde palestinas, e destruiu grande parte das moradias e infraestrutura no enclave, incluindo o sistema hospitalar.
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