Com Trump, tendência é acelerar acordo Mercosul-UE, avalia professor da FGV

Em participação no programa WW Especial, com William Waack, o coordenador do Centro de Estudos de Negócios Globais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e ex-secretário do Comércio Exterior do Brasil, Lucas Ferraz, avalia que o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode acelerar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Segundo Ferraz, o novo cenário geopolítico está impulsionando a Europa a diversificar seus parceiros comerciais. Em sua análise, ele destaca que o Brasil tem mantido historicamente uma postura pragmática em relações comerciais e econômicas.

“O Brasil tem os Estados Unidos como seu segundo maior parceiro comercial enquanto tem a China como seu primeiro maior parceiro comercial. O Brasil tem intenções de aderir à OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], faz parte dos Brics. Então, a agenda comercial e econômica do Brasil sempre teve uma abordagem pragmática”, explica.

Mudanças na geopolítica global

O ex-secretário de Comércio Exterior aponta que as mudanças na geopolítica global estão causando um “rebuliço” nas relações internacionais. Ele entende que o novo mandato de Trump é “ainda mais agressivo, sob o ponto de vista da disrupção das cadeias de suprimentos internacionais”.

Apesar disso, Ferraz acredita que o Brasil continuará tendo os Estados Unidos como um parceiro importante, especialmente para a indústria brasileira. “Os Estados Unidos é o maior destino das nossas exportações industriais”, ressalta.

Oportunidades com a União Europeia

O especialista vê uma nova janela de oportunidade com o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. “O acordo foi anunciado, reanunciado no final do ano passado”, lembra Ferraz, referindo-se à retomada das negociações em 2023 após o anúncio inicial em 2019.

Com o novo cenário geopolítico, Ferraz acredita que “a Europa tenha um apetite maior por diversificar também a sua pauta comercial, seus parceiros”. Isso aumentaria as chances de o acordo ser internalizado nas instituições da União Europeia.

O professor da FGV estima que o acordo possa ser finalizado e entrar em vigor “até o final do ano que vem ou até um pouco antes disso”. Esta perspectiva positiva reflete a crescente necessidade de diversificação de parcerias comerciais em um cenário global em constante mudança.

WW Especial

Apresentado por William Waack, programa é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.

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