Bruno Guimarães detona presidente da Conmebol: “Piada”

Durante entrevista coletiva nesta terça-feira (18), o meia da Seleção Brasileira, Bruno Guimarães, detonou a declaração do presidente da Conmebol que comparou os brasileiros a uma macaca.

“O presidente da Conmebol tem muito mais coisa a se preocupar do que fazer piada de algo assim. Vimos o que aconteceu nesse caso do Luighi, com essa punição ao Cerro que foi falta de respeito tremenda. Tento não me alongar, porque vestir a camisa da seleção e falar da Conmebol pode gerar punição. Mas eles têm coisas mais importantes para se preocupar e, finalmente, cumprir a lei”, afirmou.

O Brasil jogará contra a Colômbia, nesta quinta-feira (20), às 21h54, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no Mané Garrincha, em Brasília.

Bruno fez referência ao caso em que jogadores do Palmeiras Sub-20, incluindo o atacante Luighi, foram vítimas de racismo da torcida em partida contra o Cerro Porteño pela Libertadores, no Paraguai. Após o caso, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os times brasileiros deixem a Conmebol e atuem na Concacaf. Ela reclamou que a multa aplicada ao clube de 50 mil dólares foi branda.

“Tarzan sem Chita”

Após o sorteio da Libertadores e Sul-Americana nesta segunda-feira (17), Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, foi questionado sobre uma possível saída dos clubes brasileiros da entidade. Em resposta, ele riu e comparou: – Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível. 

Chita é uma macaca e personagem do seriado Tarzan.

Após a repercussão negativa, o cartola emitiu uma nota com um pedido de desculpas. “Em relação às minhas declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”, diz a publicação.

Leila Pereira

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que, inicialmente, não acreditou que a declaração fosse verdadeira.

“Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros”, reclamou.

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