Prefeito de Istambul é preso sob acusações de auxílio a grupos terroristas
As autoridades turcas prenderam o principal rival político do presidente Tayyip Erdogan nesta quarta-feira (19), sob acusações que incluem corrupção e auxílio a um grupo terrorista, no que o partido da oposição chamou de “uma tentativa de golpe contra nosso próximo presidente”.
O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, do Partido Republicano do Povo (CHP), enfrenta duas investigações separadas que também incluem acusações de liderar uma organização criminosa, suborno e fraude em licitações.
O partido de Imamoglu estava pronto para nomeá-lo como candidato oponente a Erdogan, que governa a Turquia há mais de duas décadas. O prefeito de dois mandatos é visto como um candidato eleições futuras.
Em um vídeo compartilhado no X, Imamoglu disse que não desistiria e continuaria firme diante da pressão.
Segundo uma declaração do gabinete do promotor de Istambul sobre a primeira investigação, um total de 100 pessoas, incluindo jornalistas e empresários, são suspeitas de estarem envolvidas em atividades criminosas relacionadas a certas licitações concedidas pelo município.
Ele disse que uma segunda investigação acusou Imamoglu e outros seis de ajudar o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.
A prisão ocorreu um dia após a Universidade de Istambul anular o diploma de Imamoglu, um fator impediria de concorrer nas eleições presidenciais. A próxima votação está marcada para 2028, mas deve ocorrer antes se Erdogan queira concorrer novamente.
O gabinete do governador de Istambul decidiu proibir todas as reuniões e protestos na cidade por quatro dias.
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