Relembre a carreira de Wlamir Marques, ídolo do basquete brasileiro

Wlamir Marques, um dos maiores ídolos do basquete brasileiro, faleceu nesta segunda-feira (17), em São Paulo, aos 87 anos.

Bicampeão mundial e multimedalhista, Wlamir teve uma trajetória que ultrapassou seu protagonismo dentro de quadra. Além de jogador, foi técnico, comentarista esportivo e professor de Educação Física.

Ao longo da vida, acumulou títulos e homenagens. Teve um ginásio batizado com seu nome, foi eternizado em uma escultura e deixou suas mãos gravadas no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil.

A trajetória de Wlamir Marques

Nascido em São Vicente, no litoral paulista, Wlamir experimentou diversos esportes na infância antes de se encontrar no basquete. Aos 10 anos, já jogava pelo Tumiaru, clube tradicional da cidade.

Em 1953, passou a atuar pelo XV de Piracicaba, onde conquistou seis títulos nos Jogos Abertos do Interior. Nove anos depois, foi contratado pelo Corinthians, deixando sua marca na história do clube.

Pelo Timão, foi tricampeão brasileiro, três vezes campeão sul-americano e pentacampeão paulista. Em homenagem à sua trajetória, um busto foi inaugurado em frente ao ginásio que leva seu nome, no Parque São Jorge. Após o Corinthians, encerrou a carreira como jogador no Tênis Clube de Campinas.

Na Seleção Brasileira, Wlamir fez história. Convocado pela primeira vez em 1953, conquistou duas medalhas de ouro em Mundiais — Santiago 1959 e Rio 1963 —, além de dois vice-campeonatos, em 1954 e 1970.

Foi nessa época que ganhou os apelidos de “Diabo Loiro” e “Disco Voador”. Ele próprio explicava que saltava e corria tanto que os jornais da época passaram a chamá-lo assim. Também é lembrado como o “pai do jump” no Brasil.

Nos Jogos Olímpicos, Wlamir conquistou duas medalhas de bronze, em Roma 1960 e Tóquio 1964. Além disso, subiu ao pódio três vezes nos Jogos Pan-Americanos, garantindo a prata para o Brasil em 1963.

Jogou ao lado de lendas como Amaury Passos, Algodão, Roda Branca e Ubiratan, integrando uma das gerações mais vitoriosas do basquete nacional.

Após a aposentadoria, seguiu carreira como técnico, inicialmente no Limeira. Também comandou equipes masculinas e femininas de outros clubes antes de se tornar comentarista esportivo na Globo e na ESPN.

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