Irã diz que responderá carta de Trump somente após análise
O Irã responderá ao convite do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociações após uma análise adequada, declarou o Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira (17), acusando Washington de não corresponder ações com palavras.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e o presidente Masoud Pezeshkian rejeitaram a carta de Trump e as advertências públicas para negociações nucleares como “enganosas e intimidadoras”.
Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baghaei, informou que uma resposta diplomática estava em andamento.
“Até agora, não temos motivos para divulgar a carta (de Trump)… Nossa resposta será feita por meio de canais apropriados após análise completa”, afirmou Baghaei.
O porta-voz iraniano observou sinais contraditórios de Washington, que estava expressando prontidão para negociações, ao mesmo tempo, em que aplicava novas sanções à economia de Teerã.
“Negociações diplomáticas têm etiqueta em que cada lado deve reconhecer os interesses do outro e, mais importante, acreditar no cumprimento de seus compromissos”, acrescentou o porta-voz durante uma entrevista coletiva televisionada.
Ele continuou afirmando que, os americanos “não respeitam isso e usam a possibilidade de negociações como propaganda e ferramenta política”.
Durante seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e as principais potências que havia imposto limites rígidos às suas atividades nucleares em troca de alívio de sanções.
Depois que Trump se retirou em 2018 e reimpôs sanções, o Irã violou e ultrapassou em muito esses limites no desenvolvimento de seu programa nuclear.
As potências ocidentais acusam os iranianos de buscar armas nucleares enriquecendo urânio com até 60% de pureza, acima do que consideram justificável para um programa civil.
Teerã alega que o desenvolvimento de seu programa nuclear é para fins pacíficos e que respeita seus compromissos sob a lei internacional.
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