Após zerar imposto, governo segue avaliando medidas para baratear alimentos
Depois de o governo adotar um pacote de ações tentando reduzir o preço dos alimentos no Brasil, o Ministério da Agricultura seguirá avaliando, de maneira “contínua”, medidas possíveis para este objetivo, disse em entrevista à CNN o secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta, Luis Rua.
No ministério, a avaliação é de que não existe “bala de prata” para reduzir os preços. A pasta rechaça a possibilidade de qualquer medida “heterodoxa”, como a restrição a exportações, e defende que a queda da inflação só ocorrerá através de um amplo pacote de ações que, juntas, acarretem impacto relevante.
“Não há bala de prata. Adotamos uma série de medidas que terão impacto, mas que precisam de um tempo para a maturação. Agora, analisamos estas ações e há um trabalho contínuo de procura por outras”, disse.
O secretário cita como exemplo deste movimento da pasta o decreto que facilita a comercialização de ovos, mel e leite no território nacional: uma medida regulatória, de destaque limitado, mas que pode, na avaliação do ministério, acarretar efeito positivo e contribuir para queda dos preços.
Segundo o decreto assinado pelo presidente Lula, produtores de leite, ovos e mel poderão expandir, por 12 meses, a comercialização de seus produtos em diversos municípios do país. A ideia da ação é aumentar a oferta dos produtos e fustigar a concorrência.
Na avaliação de Rua, a ação de maior destaque no pacote, a isenção de imposto de importação para uma série de alimentos, terá efeito semelhante. O governo se reuniu com supermercadistas para garantir que, com o tributo zerado, esta diferença nos custos cheguem à população.
A CNN mostrou que existe uma avaliação de técnicos do governo de que o azeite, as massas alimentícias e o óleo de palma estejam entre os alimentos mais impactados pela decisão da gestão federal de zerar o imposto de importação. Assim, veem estes itens com maior potencial para apresentar queda nos preços.
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