Nazismo e necrofilia: o que sabemos sobre presos do caso Maria Clara
O caso Maria Clara, jovem de 21 anos encontrada morta e concretada em Belo Horizonte, ganhou novos contornos ainda mais perturbadores com as informações que surgiram sobre os suspeitos, nessa quinta-feira (13). Além da dívida usada como isca e do assédio prévio praticado por um dos suspeitos, elementos como nazismo e necrofilia entram no cenário da investigação, adicionando complexidade ao assassinato.
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O primeiro suspeito, de 27 anos, ex-colega de trabalho de Maria Clara, a atraiu com a falsa promessa de pagamento de uma dívida de R$ 400. Ele já tinha assediado a jovem, que o rejeitou, e a polícia investiga se o ressentimento e a descoberta do novo relacionamento dela motivaram o crime.
Os investigadores também estão apurando sobre a intenção dele em roubar a vítima, que de acordo com as primeiras impressões dos agentes, teriam culminado na resistência da vítima, que acabou asfixiada.
“Durante as investigações, também descobrimos que a vítima já havido sofrido assédio sexual por parte do ex-colega de trabalho e não teria correspondido às investidas. Além disso, no dia 6 de março, ele teria encontrado com a vítima em um bar e tomado conhecimento de que ela estaria namorando, o que teria lhe deixado com muita raiva”, disse o delegado Alexandre Oliveira Fonseca, responsável pelas investigações do caso Clara Maria.
O segundo suspeito, de 29 anos, amigo do primeiro, teria ajudado a ocultar o corpo de Maria Clara. As investigações apontam admiração pelo nazismo e possível interesse por necrofilia de um dos suspeitos. A polícia investiga como esses conflitos se relacionam com o crime e se contribuíram para a brutalidade do assassinato.
Conexão entre os suspeitos e a vítima
A relação entre Maria Clara e os suspeitos era complexa e marcada por conflitos. O assédio sofrido pela vítima por parte do primeiro suspeito e as divergências ideológicas com o segundo suspeito, retratam esse cenário hostil que antecedeu o crime em Minas Gerais.
As informações divulgadas indicam que o segundo suspeito, de 29 anos, fazia citações nazistas com uso de expressões em alemão. O delegado do caso disse que Clara Maria teria criticado a postura ideológica, em um grupo de amigos.
Outro ponto que chamou a atenção dos policiais foi o interesse interesse por necrofilia do suspeito. As informações preliminares indicam que Clara Maria foi morta por volta das 23h de um domingo, mas seu corpo só foi concretado na segunda-feira à noite.
“Eles tiveram um bom período para vilipendiar e abusar desse cadáver”, afirmou o delegado.
No entanto, até o momento, não há confirmação de que atos de necrofilia tenham sido praticados contra o corpo de Clara Maria. O delegado do caso disse em entrevista ao CNN Novo Dia, que aguarda a conclusão das perícias realizadas para obter informações precisas e confirmadas sobre essa questão.
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A Polícia Civil de Minas Gerais continua as investigações para esclarecer completamente os fatos e a motivação do crime.
Entenda caso
Clara Maria, de 21 anos, desaparecida em Belo Horizonte desde 9 de março, foi encontrada morta e concretada no jardim de uma residência no bairro Ouro Preto. Dois homens, de 27 e 29 anos, foram presos em flagrante.
O suspeito de 27 anos, ex-colega de trabalho da vítima, a atraiu com a falsa promessa de pagar uma dívida. A polícia suspeita que ele planejava roubá-la, mas a matou por estrangulamento após ela resistir. O suspeito de 29 anos auxiliou na ocultação do corpo.
As investigações revelaram que a vítima havia sofrido assédio do suspeito da autoria do crime. Ele também teria se enfurecido ao saber do novo relacionamento dela. O segundo suspeito tinha desavenças com a vítima por divergências ideológicas.
O corpo foi encontrado após a polícia perceber um forte odor vindo da residência do suspeito de 27 anos. Ele tentou atribuir o assassinato ao amigo, mas as investigações indicam que ele foi o autor do estrangulamento, enquanto o outro suspeito ajudou a ocultar o corpo.
Ambos podem responder por homicídio qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver. Um terceiro suspeito teve seu envolvimento descartado.
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