Indefinição de candidato da direita para 2026 prejudica processo, diz Zema
Ao ser questionado sobre o cenário eleitoral para 2026, com a condição de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), afirmou que a indefinição “prejudica o processo”.
“Com toda a certeza, a indefinição acaba prejudicando o processo. Mas igual eu já disse aqui, eu quero contribuir com um Brasil melhor, independentemente do resultado que nós tivermos aí, o que eu quero é estar contribuindo”, respondeu o governador em entrevista ao CNN 360º.
Zema também não descartou se candidatar ao cargo de presidente na eleição de 2026.
“Se for para contribuir para o Brasil, se for para fazer mudanças que melhorem a vida do brasileiro e tire essa politicagem horrenda que a gente vê aí todo dia, eu vou continuar participando” ressaltou.
Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conversou com a imprensa na última quarta-feira (12).
Segundo ele, a possibilidade de disputar o Palácio do Planalto permanece. Bolsonaro também citou o governador mineiro.
“Por enquanto, eu sou candidato. Os outros candidatos por aí… Gusttavo Lima, [Ronaldo] Caiado, [Romeu] Zema, eles têm seus partidos. Eu acho até que seria bom seus partidos lançarem seus candidatos”, declarou Bolsonaro na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília.
O governador Romeu Zema já havia mencionado, à CNN, a pretensão de concorrer ao Palácio do Planalto. Em julho de 2024, Zema revelou que atuará como “apoiador ou candidato” na eleição presidencial de 2026.
Em pesquisa da Genial/Quaest, divulgada no início de fevereiro de 2025, Romeu Zema apareceu com 3% das intenções de voto, atrás de Lula, 30%; Tarcísio, 13%; Gusttavo Lima, 12%; Marçal, 11%; e Ciro Gomes 9%.
Provocações a Lula
Ainda durante entrevista à CNN, Zema comentou sobre as provocações entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois estiveram juntos em eventos nas cidades de Betim e Ouro Branco na última terça-feira (11).
O governador negou um possível desconforto entre os dois no palco, e declarou que o chefe do Executivo federal está no “modo avião” e “não vive a realidade do brasileiro”.
“Esse negócio de que o Brasil está crescendo 3,4%, tem que ser visto com muita reserva. É um crescimento via anabolizante. As sequelas, as consequências, vão começar a aparecer nesse ano de 2025”, pontuou Zema. “O presidente está dessintonizado, está no modo avião, não está com o pé no chão, não vive a realidade do brasileiro”, completou.
Zema mencionou a redução do tamanho das secretarias na gestão dele em relação ao governo anterior, além de dizer que negou as “mordomias” do cargo político.
Lula rebateu, observando que “o importante não é discutir se você tem um ou 10”, mas, sim, “discutir a qualidade das pessoas que você tem”, além de mencionar que, sob o comando dele, a economia do país cresceu mais de 3%.
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